segunda-feira, 5 de junho de 2017

Onde ficar em Banguecoque?

Vivi alguns meses na Tailândia e tenho muito a contribuir com vocês sobre onde viver. Sugiro que as áreas próximas ao aeroporto sejam evitadas, pois são áreas mais comerciais e fora da zona de turismo. Para quem quer ficar, de fato, no centro, eu sugiro que fique próximo à estação Siam, que é considerado o "centro" da cidade (até 4 ou 5 estações distantes). Há algumas outras regiões interessantes como Thong Lo, próximas ao centro e com boas opções de bares, mercados, spa, lojas, restaurantes (muitos estrangeiros que trabalham na Tailândia vivem nessa área, mas é uma área bastante valorizada (e, por isso, um pouco mais cara), embora esteja há algumas estações afastada do centro).
Vale a pena viver em alguns lugares mais distantes do centro, especialmente, em virtude de, em alguns lugares, os condomínios terem excelentes preços e muitas opções com restaurantes e entretenimento. Durante os meses em que vivi na Tailândia, eu morei próximo a três estações (tomo como base as estações, porque é muito complexo explicar a cidade da maneira pela qual ela é dividida, além disso, esta, com certeza, será a melhor explicação que você receberá, pois você deve, necessariamente, tomar como referência essas estações, até porque os taxistas, dificilmente, saberão chegar ao seu hotel/hostel/condomínio ou falarão inglês de maneira que possa haver um diálogo compreensível, então, tenha como referência (se for o caso) a estação próxima ao seu hotel/hostel/condomínio (também sugiro que seja utilizado o sky train em vez de táxi, que demora muito tempo, pois o trânsito em Banguecoque é bem agitado, sempre).
Phra Kanon
Gostei dessa área. Próxima a um hotel com um bar com uma bela vista da cidade e próximo a um pequeno comércio. É uma região interessante, não tão distante do centro.
Thong lo
Cerca de 4 estações distantes do centro da cidade, essa área é uma das melhores para viver. Você nem precisará sair deste bairro, pois as opções nele são melhores do que no centro, eu diria. É uma área bastante conveniente, com vários bares, mercados, clínicas e condomínios. Muitos estrangeiros residentes na Tailândia vivem nessa região.
Wongwain Yai
Área bastante residencial. Morei 1 mês e alguns dias nesse área. É próxima ao Mercado noturno, onde há uma roda gigante enorme (bem bancana, vale a visita). É uma área um pouco parada, mas vale a pena viver aí, especialmente se você morar próximo ao sky train.
Pinawitch
Evitem se hospedar/morar em lugares que sejam mais de 10 estações distantes da estação SIAM. Quanto mais longe, menos opções de lazer você terá. A cidade não é perigosa, então, não se preocupe. Não gostei dessa região, bastante isolada.
Meio de transporte na Tailândia
Também não posso deixar de mencionar que, embora o custo de táxi não seja elevado, o custo do bilhete de metrô/skytrain é muito baixo comparado com o preço dos táxis. Muitas vezes, os taxistas não ligam o taxímetro (e, mesmo que você peça, muitos não ligarão) e cobrarão até 10 vezes mais do que o valor original que você pagaria (mesmo assim, o preço não é tão elevado, especialmente se você pensar em dividir para dois).

domingo, 4 de junho de 2017

ALUGUEL DE APARTAMENTO NO EXTERIOR: UMA ALTERNATIVA AO "PREÇO TURISMO" PROPAGADO PELA INTERNET

Primeiramente, é importante definir o seu perfil de morador para pensar, posteriormente, no aluguel. Se você residir já no país onde pretende alugar ou se tiver sido contratado por alguma empresa para trabalhar em outro país e, por essa razão, tiver se mudando, será um pouco mais fácil. Por quê? Porque você não será visto como TURISTA (aquele na concepção mais clichê possível, que manutenciona o PREÇO TURISMO, mesmo que seja brasileiro e todos saibam que a sua moeda vale pouco). Então, o preço que será cobrado de você por um aluguel não será o mesmo para um turista, que, geralmente, pagará por aluguel de "temporada"/diária... Um aluguel para um turista (ou para qualquer um) que não deseja permanecer em hotel (apartamento, casa, flat, studio), em virtude de querer ter mais liberdade ou experienciar uma viagem em uma perspectiva mais local, cozinhando sua própria comida e tendo certa liberdade que os hotéis não permitem, e buscando por preços mais justos, não implicará o mesmo valor cobrado para um nativo ou alguém que trabalha e vive em determinado local, mesmo que o local seja bastante turístico. Vários sites, por exemplo, no caso de procura virtual por imóveis, fazem essa diferenciação e utilizam até vocabulário próprio para isso. Em virtude de os hotéis terem sempre preços elevados, em sua maioria, tem surgido um movimento de investidores donos de imóveis que os alugam pela internet. Nesse caso, alguns alugam por dia, por curto período ou por um ano.  Mas, ao contrário do que possa parecer, os donos de imóveis têm cobrado preços muito elevados e há, posso afirmar, uma espécie de “cartel virtual” em relação aos preços da internet.
Fazia pesquisas na internet para aluguel em vários países (mesmo fazendo a pesquisa na língua local) e sempre me frustrava porque nunca encontrava o aluguel de um apartamento na Europa, por exemplo, por menos de 40 euros por dia( aproximadamente 172,00 reais, cotação da data de publicação deste post, preço de uma diária de um hotel mediano no Brasil com café da manhã incluído para duas pessoas), 230 euros por semana ( aproximadamente 989,00 reais, na cotação da data de publicação deste post) ou menos de 700 euros por mês (quase praticamente 3 mil reais por mês e, às vezes, por um imóvel sem móveis. E, por favor, não me venham dizer que tenho de aceitar pagar entre 40 a 60 euros por dia para ficar em um apartamento e que não devo pensar em real, porque isso é pensamento de gente que NÃO SE PREOCUPA COM DINHEIRO, não sabe economizar. Vale ressaltar que não são todos que ganham em euro ou que devem resistir à desvalorização de nossa moeda e pagar o preço do dinheiro no exterior (eu não sou obrigado =) )).
Mesmo em países como Tailândia, cujo custo de vida é baixo (de qualquer maneira, se você não souber lidar com dinheiro, o custo de vida poderá ser alto mesmo na Tailândia), essa procura na internet tinha, também, um preço "universal", padrão, cito, por exemplo, o caso do site Airbn. Abro um parêntese para reclamar, também, do preço altos que são cobrados de estudantes no exterior (às vezes entre 3, 4 a 5 mil reais por mês por um quarto compartilhado, o equivalente, às vezes, ao preço do aluguel no próprio país ou ao até mais. Mas os estudantes geralmente pagam esses valores no Brasil para agência de turismos/intercâmbio e nem ao menos sabem desse diferença entre preço para turista e preço para nativo ou para quem trabalha no local).
Mesmo que você ganhe em euro, se já foi acostumado a viver com real, por que vai começar a ignorar o valor do dinheiro de seu país em outro país? Você poderá tirar uma lição disso e economizar, a não ser que não seja esse o seu objetivo. O discurso sobre "pensar em euro e não em real" é bastante carregado da ideologia, nesse caso, da universalização do valor do preço para turistas em todo o mundo. E, quando digo economizar, não me refiro a viver uma vida miserável, mas a viver uma vida mais racional, sem gastar tanto dinheiro irracionalmente, ou bancando o "turista" idiota). Pagar entre 40 e 60 euros por dia, conforme a minha concepção de "sair da perspectiva de turista", é uma piada. Por quê? Porque encontro (é uma busca mais árdua) apartamentos para alugar na Europa (vivo em um deles hoje), América do Sul, nas Ilhas do Caribe e na Ásia, no Brasil, com preços baixos para uma pessoa e até 3 entre 250 a 400 euros mensalmente, e até mesmo alguns hotéis bacanas (e não hostels, nada contra :D) com diária entre 15 a 20 euros por dia por pessoa). Não sei se essa lógica é aplicável a todos os países do mundo, mas valeu para mim em quase todos os países por onde passei, só não posso afirmar isso em relação à Islândia, Suíça (de fato, eu paguei um pouco mais caro do que me planejei para ficar nesses países e, nesse caso, eu fui a turismo, embora tivesse tentado escapar dessa perspectiva).
Também já tive experiência em alugar apartamento por um dia, por uma semana, por meses no exterior e no Brasil. Vale, mais uma vez, reforçar que esses preços destinam-se aos turistas. Eu, mesmo, quando viajo, tento sair desse "caminho". Já fiquei hospedado em São Paulo em apartamento/aparthotel cujo valor para duas diárias era de 100 reais (e poderiam ser hospedadas mais de quatro pessoas no apartamento, o que significa diária de 12 reais e 50 centavos por dia para cada pessoa). É preciso verificar, também, os casos em que os preços são cobrados por "pessoa" e não pelo "apartamento". Em sites estrangeiros, eles chegam a usar vocabulário próprio para fazer essa diferenciação. Em inglês, por exemplo, o termo "long term" é utilizado para diferenciar a categoria de aluguel que não é sazonal ou uma simples diária em apartamento.
Penso o seguinte: estrangeiros, geralmente, são vistos como turistas (aqueles na concepção mais clichê possível, aqueles que manutencionam o preço caro para o turismo hoje) e ficam em hotéis. Não necessariamente, mas imaginemos essa situação clichê. Por isso, pagam o preço TURISMO. Se, por outro lado, você é alguém que pensa racionalmente o seu dinheiro (seja você um simples turista ou turista milionário, nômade digital) e decidiu viver algun(s) ano(s)/mes(es) em outro(s) país(ses) ou está simplesmente viajando, poderá não ter de pagar por esse mesmo preço, caso saia dessa perspectiva de turismo.
Como uma pessoa, seja ela turista, empreendedor etc. consegue alugar um apartamento/casa no exterior sem pagar o preço TURISMO e sem muita burocracia? Vamos lá.
 Em alguns países, assim como no Brasil, é preciso de fiador, algumas imobiliárias exigem essa condição. Isso acontece, por exemplo, na Espanha. De qualquer maneira, para um estrangeiro que não tem raízes no país de moradia pretendida, será complicado encontrar um fiador. Para quem possui cidadania europeia ou para quem tem passaporte europeu, as condições de aluguel também serão facilitadas. Por quê? Confiança, claro. Alugar um apartamento no exterior sem que você tenha de fato um trabalho lá é possível, mas o caminho poderá ser um pouco mais árduo ou mais caro. Por duas razões.
1. O caminho poderá ser mais árduo porque você não será enquadrado na mesma categoria de um cidadão. Então, terá mais dificuldades do que um cidadão, que tem direitos. Algumas imobiliárias exigem uma série de documentos que talvez você não tenha, como ocorre com as imobiliárias brasileiras.
2. O caminho poderá ser mais caro, porque você, simplesmente, poderá seguir o caminho de alugar um apartamento pela internet, por exemplo, e "cair" na onda dos preços para turistas. Nesse caso, você ouvirá, com certeza, afirmações de que os apartamentos para aluguel na Europa são caríssimos em relação aos preços no Brasil, mas a questão é que quem propaga esse tipo de informação aluga apartamentos em sites caros como Airbnb (ainda é possível encontrar apartamentos com preço baixo neste site) ou aluga apartamentos em sites de procura de hotéis como booking.com ou simplesmente banca o turista ou quer pagar mais caro. Mesmo que você encontre algum site de aluguel que seja alguma referência pela internet para nativos, encontrará, com certeza, anúncios de imobiliárias e esbarrará com as exigências de fiador, por exemplo, ou de outras exigências que você não poderá cumprir. No site Olx, por exemplo, é possível encontrar, ainda, alguns anúncios com preços locais, cuidado, no entanto, para não cair em "pegadinhas", que anunciam preços mensais, mas que, na verdade, são semanais, especialmente em alta temporada (período em que nega-se, completamente, a existência de um preço que não seja o TURISMO).
 Uma alternativa, para sair da rota e do preço turismo poderá ser alugar um apartamento no exterior se você conseguir ter acesso às pessoas-chave, que alugam diretamente os imóveis, como ocorre no Brasil por meio do famoso "boca a boca". Além disso, poderá, também, encontrar algum aparthotel em conta que não exija todas as papeladas necessárias que são exigidas por imobiliárias e encontrará algum imóvel com um preço acessível. O problema será chegar até essas pessoas-chave ou encontrar algum aparthotel que não tenha o preço tão vendido ao turismo. De qualquer maneira, fuja, nesse caso, da internet, a não ser que você use a própria internet para interagir com estrangeiros que possam lhe dar essa informação. Para isso, converse com nativos, fique alguns dias em um hotel para obter essas informações (entre em comunidades de aluguel no Facebook do país), às vezes os próprios funcionários dos hotéis podem lhe dar algum dica, busque, também, em classificados, em alguns países isso funciona, como em Portugal. Quase todos os sites de anúncio de aluguel no exterior, a não ser os de imobiliárias, que pedem fiador e tratam, diretamente, com muitas questões burocráticas, cobram valores que estão muito acima do preço de moradia local. O problema não é só a desvalorização do real, mas também uma universalização do valor TURISMO pela internet.