sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

Antes de viajar para as Maldivas, saiba que o local constitui um conjunto de várias ilhas, mais de mil. Algumas habitadas, outras não. Há ilhas públicas (que o povo local vive) e ilhas privadas (as ditas ilhas dos resorts).

Algumas ilhas públicas têm também resorts, mas, geralmente, as ilhas privadas são propriedades destes. Não necessariamente as ilhas de resorts são melhores ou mais bonitas. A máxima de "pagou levou" não deve nortear o planejamento de sua viagem.
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Há mais de dez anos vivo como nômade e viajo o mundo inteiro. Já morei, visitei mais de 70 países em vários continentes. E, durante todo esse tempo, atuei, remotamente, revisando textos acadêmicos e auxiliando pesquisadores por meio de consultoria.

Conheçam o meu trabalho: andersonhander.wordpress.com

 

terça-feira, 14 de dezembro de 2021

Às vezes, nós nos esquecemos de atividades/coisas prazerosas que costumávamos fazer pela simples correria do dia a dia ou, também, pelo peso da idade. O tempo passa e alguns se esquecem da leveza que a vida pode nos trazer se nós cooperarmos com ela. Parar um pouco de pensar, olhar para a natureza e para as coisas simples da vida, e distantes de nossos problemas, consiste em um momento não apenas de inspiração, mas de necessidade, ainda mais em tempos de "feias visões" e de tanta cólera nesta sociedade moribunda.

Há muitos e muitos anos, não ando de bicicleta (acho que a última vez que andei, eu deveria ter 20 anos). Há um mês tenho pedalado novamente, quase todas as tardes. Saio em busca de uma bela vista, apreciação pela simplicidade e pela vida local ao meu redor. Termino o dia assistindo a um lindo pôr do sol e ainda me refresco com a brisa do vento depois de um dia de 40 graus 😍😍😍...

quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

O malandro brasileiro

O malandro brasileiro, representado por uma grande parcela da população (escolarizada ou não), acredita que está além do Estado. Ele acredita que a essência dele é divina, que Deus é brasileiro (num sentido bastante subjetivo), e vive em constante euforia e distorção do eu (julga-se, naturalmente, pela sua própria existência, artista). Em nenhum país da América Latina, há tamanha malandragem. Ele mesmo afirma, por meio de seu típico discurso piadístico, que a "Nasa" deveria estudá-lo. Ao que se deve tal malemolência? A malandragem no Brasil não tende à "malandragem" universal do ser humano, necessária a todos nós, relacionada ao acaso, ao momento de afastamento do pensamento e imersão cultural, mas a um atentado ético à existência humana, e em sociedade (não é "a toa" que já foram julgados, como nação, em tribunal internacional ((assim surgiu a Lei Maria da Penha), porque o sistema interno de leis é falho). "Salve-se quem puder".

Em relação aos seus limites de nação, sente-se superior a todas as outras pessoas do continente Sul Americano, e se insere, erroneamente, como não latino, como se estive algures (mesmo não estando). Refugia-se na imagem do estrangeiro, especialmente do norte-americano (mas não no sentido da empatia. Mas da valorização de nações desenvolvidas, para superação (em nível imaginário) de seu próprio arredor). É especialista e "doutô" em tudo sem ter ido à escola, e sem ter o devido título (esta é a essência da malandragem). E, mesmo que tenha ido, acredita que a vida é tão banal quanto a sua existência mediana. Reclama de sua própria sociedade, mas não "se toca" para perceber que o problema está em si mesmo ("faça o que eu digo, mas não o que eu faço"; "pau que nasce torto nunca se endireita").

Não tem noção de cidadania, e oscila entre uma falsa empatia e um se desconhecer na artemanha fajuta e imbecil de seus semelhantes (os quais projeta como si mesmo em seu espelho interior), embora, constantemente o anule e o machuque (o outro), inclusive, por meio de violência física (como um animal selvagem, sem orientação de civilidade, e acredita que isto é vantajoso). Na ausência de um estado sem leis, sem a garantia de direitos, ele tira proveito da malandragem para viver a vida como bem quiser (é o "samba do crioulo doido"). Desconhece o que é ética, e acredita, apesar de gostar do discurso social (e de utilizar deste para perpetuar a malandragem, bem como o seu reduto, que constitui, socioeconomicamente um habismo), que é o próprio estado (especialmente se for funcionário público. "Tem que ter cacife").

Não percebe graça em conseguir dinheiro por meio de estudo (nem valor) ou em construir uma sociedade harmônica (embora vá para outras nações buscar essa harmonia). O valor, para ele, está na hipersexualização de si e do outro, e num excesso de vaidade relativa à negação de sua própria imagem (por meio de um excesso de cirurgias plásticas e procedimentos estéticos). Quer ser o outro, euforicamente, porque não sabe quem é (ou até sabe, mas gosta da estabilidade, da acomodação).

A conquista (seja do dinheiro ou de qualquer coisa, até de amigos) e a interação social engajam esse sujeito nessa malandragem, consciente ou inconscientemente. Dorme, eternamente, o sono de uma vida medíocre. O seu discurso é mentiroso e tem certo fascínio por uma mentira bem contada. Aliás, desconhece a verdade, e a externaliza em sua própria subjetividade (desconhecida, mais uma vez, em si mesmo). Não respeita as regras de convívio social (insere-se acima da lei, especialmente se tem dinheiro), pois não respeita a si mesmo. Mesmo que se esforce, não consegue ver além, pois está vendado por uma educação precácia e simulacrizada.

Não se esforça para modificar esse cenário lamentável, na verdade, já que se (des)conhece na artemanha do outro, deixa a este a culpa de suas misérias, e vive uma vida inteira sem saber quem é ("no rítmo do samba do crioulo doido"). Razão para muita vergonha nacional (e muito sofrimento) diante de outras nações, e para uma existência insignificante. "O Brasil não é para principiantes", nem para ninguém. Afinal, "ninguém merece!"

Autoria de Anderson Hander Brito Xavier